O deputado Bruno Peixoto (UB), presidente da Assembleia Legislativa, participou da Audiência Pública na nesta segunda-feira (10), e foi bastante criticado durante sua primeira fala ao afirmar que a conversão do Ipasgo em privado foi uma “determinação” do tribunal de Contas do Estado.
Servidores presentes pediram para o presidente ler a determinação completa, não apenas pela metade, assim como o governo, retirando o trecho que lhe é útil. Bruno aceitou a sugestão e reconheceu que foram colocadas duas alternativas. “Se o TCE disser que não determina mais”, acrescentou o presidente da Alego, “quero que eles sejam mais claros, o que significa ‘medida com potencial equivalente?” Neste momento começou a recuar.
Na última semana houve uma Audiência Pública com a presença do presidente do Tribunal, Saulo Marques, que explicou que a alternativa é simples: ‘deixar de usar o dinheiro do Ipasgo para tapar contas do governo e realizar o concurso público do Ipasgo’.
O deputado Mauro Rubem afirmou que é preciso arrumar uma solução para a questão do contábil, mas não que não envolva a transformação em Serviço Social Autônomo (SSA). “Uma solução é copiar o projeto do Mato Grosso, que separou as receitas”, apontou. Ele também disse que a Agência Nacional de Saúde é um regulador de quem vende plano de saúde e não dos usuários e que ser submetido a ela não é algo necessariamente bom.
Diante do debate, Bruno mudou completamente o tom do discurso. Recuou e demonstrou que Caiado está encurralado e vai ter que voltar atrás. A Audiência Pública terminou com o pedido do presidente da Assembleia: “se possível, peço para que o TCE analise isso em dois ou três dias, que responda com celeridade sobre a alternativa e nos receba amanhã”, disse Bruno.