Como não poderia ser diferente, Caiado (UB) criou uma confusão com as alternativas dadas pelo Tribunal de Contas do Estado sobre o futuro do Ipasgo com o único objetivo de tornar privado o que hoje é autarquia.
Em tempo, é bom lembrar que o TCE determinou apenas que o governo Caiado pare de meter a mão no dinheiro descontado dos usuários e que tome providências cabíveis, como por exemplo realizar o concurso público e respeitar a autarquia como se deve, caso isso seja difícil demais (deixar de usar um dinheiro que não é dele), que torne privado.
Pergunta: é difícil para o governo Caiado respeitar o dinheiro dos usuários e deixar de meter a mão e usar em outras finalidades, como por exemplo, atingir a meta do Regime de Recuperação Fiscal?
Tem mais: ao privatizar o Ipasgo, o governo tira da frente as licitações vigiadas pelo Ministério Público e abre espaço para as famigeradas Organizações Sociais entrarem em cena com as mesmas jogadas fraudulentas da saúde, que estão estampadas nas páginas polícias no governo Caiado.
Ao entrar para o regime privado e se tornar um Serviço Social Autônomo (SSA) o Ipasgo passará a ser regido pelas normas a Agência Nacional de Saúde (ANS), que são claras no reajuste das mensalidades todos os anos. Ou seja, o usuário vai pagar a conta porque ‘o belo’ governo Caiado não consegue parar de meter a mão na grana do Instituto. Irônico, não?
Por essas e outras o deputado estadual Mauro Rubem (PT), assim como o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público (Sindipúblico), acionou a Justiça contra o projeto do governo Caiado, que quer forçar uma mudança no Ipasgo sem nenhum estudo técnico aprovado pelo Conselho Deliberativo do Instituto.