O Instituto Centro de Gestão Integrada (CGI) tem um passado sujo. Antes de sofrer uma alteração no objetivo e na razão social, o CNPJ 22.579.469/0001-60 respondia pelo Centro de Soluções em Tecnologia e Educação (CENTEDUC), uma Organização Social, que foi transformada em OS de saúde. O decreto foi assinado por Caiado no dia 1º de fevereiro de 2022.
Por trás da manobra existe uma maracutaia gigantesca envolvendo o sócio e marido da candidata a desembargadora governista, pelo quinto constitucional, Juliana Prudente, até dia desses procuradora-Geral de Caiado.
O CNPJ do CGI já é conhecido na justiça goiana por uma condenação em 2017. O Instituto foi suspenso e proibido de celebrar contratos com o Estado de Goiás por irregularidades no processo de qualificação da OS. A multa diária estipulada em caso de descumprimento foi de R$ 50 mil reais. Porém essa mesma OS está selecionada para administrar a Maternidade Nossa Senhora de Lurdes e abocanhar R$ 114 milhões do governo Caiado. Por que a então procuradora-Geral, Juliana Prudente, deixou esse elefante na sala?
Existe outro boi nessa linha. No dia de 16 de abril, o secretario de Saúde, Sergio Vencio, cancelou a seleção de OSs em 4 hospitais. Apenas o CGI não foi cancelado. Interessante, não?
Apuramos que na equipe técnica do Instituto CGI, ficha suja na Educação, estão diretores ligados a Juliana Prudente, pois são sócios do seu marido e sócio Mauricio Prudente. São eles: Marcos Fernando Tweedie Spadoni, neurocirurgião do Hospital Neurológico e Encore, hoje grupo Kora, que tem Prudente como acionista e administrador no Centro-Oeste. O diretor geral da OS é Rafael Marcelo de Faria, sócio de Mauricio no Instituto de Neurologia. E no Conselho Administrativo da OS está Thiago Carvalho Roriz Pina, também membro da equipe de Mauricio Prudente no Instituto de Neurologia.
Além de marido de Juliana Prudente, Mauricio é sócio dela na empresa Clinica Vip de Serviços Médicos LTDA – Cnpj: 32.188.563/0001-41. Talvez este seja o motivo pelas “vistas grossas” da então procuradora na qualificação da OS CGI, ex-Educação na Saúde, tudo feito ao “arrepio da lei”.
Será que a OAB terá coragem de indicar na lista sêxtupla a senhora Juliana Prudente, uma pessoa claramente marcada pelos conflitos de interesses pessoais e financeiros em negócios mal explicados? E o Tribunal de Justiça, o que dirá?
