Em seu artigo deste sábado no jornal O Popular sobre o cenário político em Goiás, a jornalista Cileide Alves falou de nepotismo, farra com dinheiro público, o uso indevido das TVs para divulgação de projetos pessoais, aliás, um grande esquema de propaganda extemporâneo (assunto para um artigo) e o amadorismo da geração política que desabrocha.
Fica fácil para Caiado se achar absoluto, com suas ‘borboletas no estômago’. A crítica é geral. Estamos diante de lideranças ‘Nutella’ como disse Cileide. Acrescento ainda o presidente da Ordem dos Advogados (OAB), Rafael Lara Martins. A coisa anda de um jeito que a lei em Goiás é o gogó do Caiado. Grita, esbraveja e todo mundo se esconde embaixo da mesa com um ‘sim senhor’.
Basta dar uma olhada na lista sêxtupla da OAB para as vagas de desembargadores do quinto constitucional. Dois candidatos foram escolhidos na base do ‘cabresto’: um é primo do governador, Breno Caiado. A outra é Procuradora-Geral do governo licenciada para a disputa, Juliana Prudente, aliás se for escolhida, será uma desembargadora que chegará tendo que pedir desculpas aos colegas pelos negócios de seu sócio e marido com o governo Caiado que estão debaixo do tapete do Palácio.
O nepotismo, comentado por Cileide, ao falar da prefeitura de Goiânia, começa com a família do próprio Caiado, que abocanha mais de meio milhão da folha de pagamento do Estado em cargos comissionados, efetivos e de estagiários.
A imoralidade pública continua regada a cargos e privilégios em Goiás. Concordo com Cileide Alves, estamos diante de uma “nova política” estragada, sem representantes forjados nas lutas sociais. Digo mais: temos apenas filhos de políticos que se acham no direito de herdar tronos no Estado. É o filho do Léo Mendanha, o filho do Maguito, a filha do Iris, a filha do Caiado. Somos mais do que isso. Mais do que um Caiado falastrão coordenando uma geração de Nutellinhas.
Cristiano Silva
G24H