O jornal O Popular mostrou neste domingo (21) uma reportagem sobre a desigualdade em Goiás. Segundo o levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mais de 360 mil pessoas sobreviveram com R$ 161 por mês em Goiás.
Segundo a pesquisa, existe no estado um pequeno grupo ‘super rico’, em que a renda corresponde a mais de R$ 17 mil mensal. Ou seja, para a mesma família de cinco pessoas, essa teria mais de R$ 85 mil para as despesas mensais.
No grupo dos privilegiados está a família Caiada e quem paga a conta é o povo goiano. Isto porque a parentada do governador Ronaldo Caiado (UB) está pendurada em cargos com salários altíssimos no Estado. Alguns acumulam no papel até duas funções.
Um levantamento do G24H no Portal de Transparência do governo mostrou que R$ 568.410,25 mil reais por mês nos contratos comissionados, temporários, efetivos e de estágios são destinados a pessoas que assinam o sobrenome Caiado. Destes, apenas 15 servidores recebem menos de R$ 5 mil reais por mês. Os salários variam entre R$ 5.000,00 e R$ 34.000,00 mil reais por mês.
Na Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), por exemplo, os parentes da primeira dama são privilegiados, Gracinha Caiado trouxe dois sobrinhos da Bahia: Décio Agrario Calazans Wendorf de Carvalho, que ganha R$ 16.841,26 mil reais desde 2019; e a triatleta baiana Roberta Wendorf de Carvalho, que acabou de ganhar a Diretoria de Unidades Socioassistenciais, vai receber aproximadamente R$ 20 mil reais por mês no cargo.
Juliana Ramos Caiado é comissionada em duas funções: gerente de enfrentamento de violência contra a mulher, com R$ 9.617,80 mil reais por mês e subsecretária na Superintendência de Igualdade Racial, com R$ 11.016,00 mil reais por mês. Somando os dois salários de Juliana Caiado no governo chegamos a R$ 20.633,80 mil reais.
Será que o Ministério Público terá a curiosidade em apurar essa desigualdade, banhada de privilégios e com digitais de nepotismo?