A oposição em Goiás foi usada e enganada. Durante as eleições o candidato Gustavo Mendanha deu todos os indícios de que sua missão naquele momento seria apenas o de servir como trampolim para Caiado (UB) subir para a reeleição.
O ex-prefeito de Niquelândia (GO), Ronan Rosa Batista, afirmou que “tomou todas as medidas para unir a oposição contra Caiado, mas o ex-prefeito de Aparecida não aceitou nenhuma das alternativas.”
De conselheiro e amigo, Marconi Perillo (PSDB), passou a ser acusado, por Mendanha, de estar em uma jogada ensaiada com Caiado, em uma ilusória dobradinha que nunca existiu, quando na verdade era ele quem estava fazendo o jogo duplo.
Mendanha nunca fez uma crítica a Caiado na primeira pessoa. Nos debates faltava beijar as mãos do oponente, e quando criticava dizia “este governo” fez isso ou aquilo.
Um amigo lembrou de uma ocasião em que Caiado disse que construiu o Hospital de Uruaçu/GO, o que é mentira, pois apenas trocou as placas da abra feita no governo Marconi, e bateu afirmando que Gustavo Mendanha não sabia do Hospital porque não conhecia a cidade, e ele ficou calado, aceitou como se fosse verdade.
Estranhamente, Gustavo Mendanha passou a campanha criticando o ex-governador Marconi Perillo, sendo que ele nunca foi seu adversário. Estava escrito nas estrelas: alguma coisa tinha mudado no comportamento daquele moço.
Na minha opinião, Mendanha não tinha tutano para enfrentar Caiado. Faltava coragem, e isso só se adquire quando se é forjado nas lutas sociais. Ele entrou na política sentado no colo, primeiro do pai, Léo Mendanha, e depois do ex-prefeito Maguito Vilela. Sempre foi engomadinho. Nutella. Jamais terá força bruta para o enfrentamento.
Por isso preferiu, na minha opinião, enganar a oposição. Se render ao jogo de seu marqueteiro, compadre de Caiado, e agora, sete meses após a eleição, buscar seu prêmio pelos serviços prestados. E este será seu legado.
Cristiano Silva
G24H