O secretário de saúde, Sérgio Vencio, anunciou uma ‘jogada’ que custará R$ 40 milhões aos cofres públicos que custará para beneficiar a Associação de Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás, AHPACEG, que tem como presidente Haikal Yaspers Helou. O mais interessante é que a entidade possui em seus quadros de associados diretores da Organização Social Agir, que tem entre seus ‘mandas chuvas’, Paulo Vencio, irmão do secretário de saúde do governo Caiado. O Goiás24horas desembaralhou esse ‘baralho’ e agora vai mostrar as cartas desse tráfico de influência.
No discurso do secretário de Caiado, que está publicado nas redes sociais da Secretaria de Saúde, ele afirma: “nós vamos pagar duas vezes a tabela SUS, … porque a gente está com uma parceria com a Ahpaceg … que está atuando mais pelo lado social….”
O problema é que neste formato de chamamento privilegiado, Vencio ‘arrumou uma forma’ contratual de pagar duas vezes mais os valores que a Agir recebe nos hospitais estaduais, só que para hospitais privados de diretores da OS, que estão na Associação. Por exemplo: o diretor de contratos e convênios da AHPACEG, Valney Luiz da Rocha, também é diretor da Agir no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER).
O Programa de Cirurgias Eletivas promovido pela Secretaria de Saúde do Estado de Goiás, fruto de uma parceria com alguns hospitais privados da região, deveria ser conduzido de forma transparente, imparcial e abrangente, para evitar qualquer tipo de favorecimento, com cartas marcadas.
Onde está a Procuradoria Geral do Estado para verificar a legalidade desse tráfico de influência? Até dia desses nas mãos de Juliana Prudente, cujo esposo, Mauricio Prudente, além de trabalhar para a mesma AGIR, é sócio do grupo Kora, que por sua vez se associou AHPACEG e também vai morder na grana. O fato é que existe uma rede com interesses particulares nessa história. Tudo isso acontece sem chamamento, credenciamento e/ou licitação. Mais uma vez as cartas estão na mesa.
Este esquema obscuro precisa imediatamente da claridade com a velha luz do Ministério Público de Goiás. Caso contrario, o rombo aumentará cada vez mais na Saúde do governo Caiado, assim como a fila de espera por cirurgias.