O caso envolvendo o ex-servidor público Felipe Gabriel Jardim Gonçalves, de 26 anos, que invadiu uma farmácia no Setor Bueno, em Goiânia, e assassinou seu então sogro, o policial civil aposentado João do Rosário Leão, de 63 anos, em junho do ano passado, ganhou mais um capítulo importante.
A defesa de Felipe vinha sustentando a alegação de insanidade mental, mas um laudo pericial elaborado pela Junta Médica Oficial do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) trouxe novas informações que enfraquecem essa argumentação. O laudo, que foi revelado em uma reportagem do jornal O Popular nesta quinta-feira (8), possibilitará que seja marcada a audiência de instrução e julgamento, que havia sido adiada em dezembro.
De acordo com o exame, Felipe tinha plena capacidade de compreensão dos seus atos no momento em que cometeu o crime. Embora tenha sido identificado um transtorno em sua avaliação de saúde mental, isso não o tornou incapaz de avaliar a gravidade da situação e não é suficiente para se concluir que ele não seja passível de punição pela justiça.
Felipe é réu confesso e está sendo acusado de homicídio duplamente qualificado. O crime ocorreu em 27 de junho de 2022, quando Felipe entrou na farmácia e disparou contra o sogro na presença da cunhada. A motivação para o crime surgiu após Felipe descobrir que João havia registrado um boletim de ocorrência por violência doméstica e familiar contra a filha Kennia Yanka. O acusado foi preso dois dias depois do crime e continua encarcerado desde então.