Com a privatização feita pelo governo Caiado, o Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo Saúde) deixa de ser uma autarquia e vai seguir as regras da Agência Nacional de Saúde (ANS) e passa a ser como qualquer outro plano de saúde.
Na última segunda-feira (12) tivemos uma amostra do que vem por aí; a ANS autorizou o reajuste de até 9,63% dos planos de saúde individuais. O limite é válido para a aplicação entre maio de 2023 e abril de 2024, de acordo com o mês de aniversário do contrato. O índice está sendo divulgado com um mês de atraso e será aplicado retroativamente nos contratos que deveriam ter sido reajustados em maio.
No caso dos planos individuais, a taxa máxima de aumento anual é limitada pela ANS. Nos coletivos, há uma livre negociação entre contratantes e operadoras, o que pode levar a índices muito maiores do que o determinado pela ANS. Os contratos de adesão, tradicionalmente, concentram os maiores percentuais de reajuste.
O aumento por mudança de faixa etária ocorre de acordo com a variação da idade do consumidor. Há dez faixas previstas: até 18 anos; de 19 a 23 anos; de 24 a 28 anos; de 29 a 33 anos; de 34 a 38 anos; de 39 a 43 anos; de 44 a 48 anos; de 49 a 53 anos; de 54 a 58 anos; e 59 anos ou mais.
O Ipasgo precisava ser privatizado? Não. Bastava que o governo Caiado o respeitasse como autarquia, que deixasse de meter a mão no dinheiro descontado dos servidores e repassasse integralmente.
A verdade é que no futuro bem próximo, reajustes como este serão frequentes para os usuários do Ipasgo. E este é sem dúvida o grande legado do governo Caiado: arrebentar com um dos patrimônios dos goianos, que ainda se apegavam ao plano de saúde.