A justiça determinou o imediato afastamento do diretor da Unidade Prisional de Caldas Novas e de outros quatro policiais penais por prática de tortura contra detentos.
Os afastamentos valem por 180 dias, em razão da existência de indícios de que a permanência deles nas funções poderia prejudicar a coleta de provas e perpetuar as condutas ilícitas sob investigação.
Os policiais penais teriam agredido o detento e determinaram que ele caminhasse pelo corredor de determinada ala da unidade prisional, para que fosse duramente agredido por diversos outros presos, com pauladas, chineladas, cusparadas. Toda essa ação foi captada pelas câmeras internas de segurança do local.
Para o promotor, trata-se de “um verdadeiro absurdo, que aconteceu aos olhos de pelo menos três integrantes da equipe de plantão naquele dia. Na decisão, a juíza que analisou o pedido dissertou que cabe ao “Estado o dever de zelar pelo bom e fiel cumprimento da pena dos presos, inclusive garantindo-lhes segurança e dignidade”.
Durante o mês de junho o G24H vem mostrando diversos relatos de torturas e maus tratos nas unidades prisionais de Goiás. Casos e mais casos trazem a tona o perfil de Josimar Pires Nicolau do Nascimento, diretor-geral de Administração Penitenciária, que em um áudio divulgado pelo jornal El País disse que é ‘bancado’ por superiores para ‘torturar’ e até ‘matar’ presos.
