sábado , 23 novembro 2024
Notícias

(Metrópoles) Reportagem investigativa: assédio moral e sexual por parte de promotores e procuradores de justiça. Três servidores já se mataram

O que há por trás do ‘corporativismo’ criminoso praticado descaradamente em setores dos judiciário brasileiro? Porque alguns promotores de Justiça, juízes e procuradores se acham melhores do que as outras pessoas? Quem vai barrar as atrocidades cometidas e encobertadas por alguns servidores da lei, que mancham os honrados tribunais?

Perguntas sugestivas que tiveram respostas em uma denúncia que se transformou na reportagem investigativa do site Metrópoles. Servidores quebraram o silêncio e mostraram a rotina de assédio.

O texto começa mostrando o caso de um analista jurídico de 48 anos, que abandonou a sua mesa de trabalho e se atirou do 13º andar no dia 29 de junho de 2022. Menos de um ano depois, contudo, outros dois servidores se mataram. “Ambos os casos ocorreram em um intervalo inferior a 24 horas, entre os dias 10 e 11 de maio deste ano. Os servidores eram um diretor de engenharia que estava afastado do trabalho com diagnóstico de depressão e um motorista que tirou a própria vida durante o expediente, dentro de uma caminhonete do Ministério Público”.

A reportagem mostra relatos uma rotina de intimidação, xingamentos, ameaças, sobrecarga de trabalho, desvio de função, falta de acolhimento a quem procura ajuda, omissão dos superiores e punição aos denunciantes. Por medo de represálias, a maioria dos entrevistados pediu para não ser identificada.

“Aqui eles tratam a gente feito bandido, parece que eu fiz alguma coisa muito grave”, disse um servidora que teve seus direitos atropelados por uma promotora de justiça. “Eu queria deixar uma mensagem assim: já que vocês estão roubando minha alma, agora que fiquem com a minha carcaça”. Quando soube do suicídio do analista, em junho passado, ela diz que o sentimento foi de identificação. “Ele concretizou o que eu tanto estudei fazer.”

“Em 17 anos de Ministério Público, nunca recebi ameaça de criminoso, mas recebi ameaça de promotor”, desabafou outra pessoa.

A reportagem especial é imperdível e lança luz em um canto obscuro do judiciário brasileiro que precisa ser discutido. Principalmente no que diz respeito ao corporativismo judicial tanto praticado nos tribunais.

Artigos relacionados

Notícias

STF forma maioria para manter prisão de Robinho

Vai fica no xilindró • O Supremo Tribunal Federal (STF) formou, nesta...

Notícias

Mauro Cid confirma em depoimento a Moraes que Bolsonaro sabia de plano de golpe

Golpe • Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro...