terça-feira , 5 novembro 2024
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Caiado ignorou o Araújo Jorge para prestigiar amigo da UDR forasteiro com Hospital do Câncer. Valor do negócio: R$ 2,391 bilhões

Fundado em 1967, o Hospital de Câncer Araújo Jorge (HAJ), tem todas as credenciais e competência para fazer a gestão qualificada do futuro Hospital Estadual do Câncer, pois é referência de Goiás no Brasil inteiro. Mas Caiado quis prestigiar seu ‘compadrio de UDR’, jogar dinheiro dos goianos nas mãos de uma OS(C) forasteira e ignorar o ‘santo de casa’.

Além de dizer nas entrelinhas que não existe goiano competente para a missão, Caiado transformou um amigo político em lei, e a letra miúda do “Termo de Colaboração”, assinado entre as partes, já está rolando dinheiro. Dos R$ 2,391 bilhões que tem para receber, a Fundação Pio XII já colocou as mãos em R$ 89,5 milhões de reias.

Ninguém discute a qualidade do ‘trabalho’ do criador de gado e amigo de Caiado, Henrique Prata, na gestão de hospitais. Mas alguém precisa entender porque ele virou lei em Goiás e quais são os critérios para ele receber, sem licitação, esse dinheiro.

Para ilustrar isso é o mesmo que trazer um amigo de outro Estado, dar o terreno para ele morar de graça numa casa que você deu dinheiro para ele construir, e ainda repassar uma mesadinha básica de R$ 17 milhões de reais por mês, durante 12 anos, R$ 2,391 bilhões de reais, para ele tomar conta. E mais, o que quase ninguém sabe, é que o a OSC Fundação Pio XII não deixará de atender o paciente do Sistema Único de Saúde, sem cobrar do SUS.

Milton Nascimento cantava que amigo é coisa para se guardar no lado esquerdo do peito. O mesmo lado em que fica o bolso da camisa, que é “prumode sentir o cheiro do dinheiro”.

Pergunta: e o Araújo Jorge? Não teria condições de expandir, criar unidades no interior, ou fazer a gestão do CORA pelo menos pela metade dessa dinheirama?

A matemática não mente: por R$ 1,8 bilhão é possível fazer tudo isso, já que vai ter grana do SUS na jogada. Se refizerem as contas, com a fiscalização correta, qualquer um verá que que tem no mínimo R$ 500 milhões de reais sobrando nessa história.

Com a palavra o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o Ministério Público (MP-GO).

* Dedicado ao senhor Diogo Albernaz Rezende e ao seu mandante.

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