Na manhã desta terça-feira (18), a Polícia Civil deflagrou a Operação Consumidor, com o objetivo de combater o golpe do falso financiamento. A ação resultou em duas prisões e no cumprimento de mandados de busca e apreensão contra os investigados pelos crimes de estelionato virtual e associação criminosa. A operação foi desencadeada após uma investigação, que identificou várias vítimas e revelou prejuízos estimados em mais de R$ 90 mil. Centenas de outros consumidores também podem ter sido lesados.
O golpe funcionava da seguinte maneira: inicialmente, os golpistas publicavam anúncios em redes sociais, oferecendo facilidades de financiamento e compras a prazo para diversos bens. Após entrar em contato com os investigados, as vítimas eram orientadas a comparecer à sede física da empresa, localizada na cidade empresarial de Aparecida de Goiânia.
Os suspeitos enganavam as vítimas com promessas falsas de financiamento, apresentando condições extremamente favoráveis. Chegavam até a afirmar que, caso a vítima efetuasse o pagamento da entrada, ela teria a posse do bem em um curto prazo, variando entre 2 a 5 dias. Para convencer as vítimas a fechar o negócio, os golpistas as levavam para visitas guiadas, onde supostamente apresentavam o bem que seria financiado, como um imóvel, por exemplo.
Após o pagamento da entrada, as vítimas eram instruídas a aguardar o prazo estabelecido anteriormente. Entretanto, ao final desse período, elas eram informadas de que o contrato se tratava, na verdade, de um “consórcio” e que não haviam sido contempladas naquele momento. Ao solicitar o cancelamento do negócio, as vítimas eram informadas de que teriam que esperar por um prazo de 60 meses para receberem os valores pagos de volta.
A empresa golpista chegou a ser interditada pelo PROCON-GO e pela Delegacia Estadual do Consumidor. No entanto, mesmo impedidos de atuar, os investigados continuavam oferecendo seus serviços fraudulentos, geralmente em outro endereço e com outro nome fantasia.
Cerca de R$ 500 mil das contas das respectivas empresas envolvidas estão bloqueados judicialmente para serem utilizados no ressarcimento das vítimas. A Polícia Civil divulgou as imagens dos presos, amparada pela lei, uma vez que há a possibilidade de existirem outras vítimas que os reconheçam.