terça-feira , 5 novembro 2024
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TCE intima governo Caiado e suspende chamamento de OS na Saúde por irregularidades. Negócio de R$ 114 milhões cai. Denúncia foi feita no G24H

A Conselheira do Tribunal de Contas do Estado, Carla Santillo, intimou o Secretário de Saúde do governo Caiado, Sérgio Vencio, para que seja suspenso o Chamamento Público número 10/2022 e que a Organização Social Centro de Gestão Integrada (CGI) seja desqualificada.

Denúncia no G24H

No dia 19 de maio o Goiás24Horas revelou os bastidores de um esquema que renderia R$ 114 milhões para a Organização Social que assumisse a gestão do Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes.

Pronta para ‘cair de boca na grana’ estava a OS Centro de Soluções em Tecnologia em Educação (Centeduc), que após uma maquiagem renasceu como Centro de Gestão Integrada (CGI).

No quadro da OS estão diretores, médicos e profissionais ligados a Maurício Prudente, Coordenador da poderosa Organização Social Associação de Gestão, Inovação e Resultados em Saúde (AGIR) na unidade de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista do Hospital de Urgências Governador Otávio Laje (HUGOL).

A Agir é dona da maior fatia do dinheiro público da Saúde em Goiás e por ter batido no teto não pode ter novos contratos. Existe a suspeita de que o grupo teria decidido ‘incentivar’ alguns companheiros a assumir esse esquema. Uma mazela que não engana ninguém.

A Centeduc foi denunciada pelo Ministério Público – Portaria 009/2022, por suposta fraude em acordo duvidoso firmado com a antiga Superintendente de Planejamento dela mesma, por uma exorbitante quantia de R$ 274.500 mil reais. Segundo a denúncia, a Organização Social teria agido em conluio com a ex-superintendente para desviar a grana, caracterizando ofensa aos princípios da moralidade, economicidade e malversação de dinheiro público.

Os diretores ligados a Prudente mudaram a razão social, mas continuaram com o CNPJ da OS ‘suja’, e em fevereiro de 2022 veio a cereja do bolo, quando Caiado (UB) publicou no Diário Oficial o texto de qualificação da Centeduc/CGI, que assim ficou pronta para assumir o contrato milionário na Maternidade.

A recomendação do Tribunal de Contas do Estado derruba um braço forte que se escondia por detrás da Organização Social Centro de Gestão Integrada.

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