Em delação premiada, o ex-policial militar Élcio de Queiroz admitiu que participou do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves.
Élcio confessou que dirigiu o Cobalt prata usado no ataque e entregou o assassino: Ronnie Lessa. Do banco de trás ele usou uma submetralhadora contra Marielle.
O ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, fez ‘campanas’ para vigiar a vereadora e participaria da emboscada, e ajudou os matadores a se desfazerem das provas.
No inicio do dia a Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagraram a Operação Élpis, para investigar o crime. Logo depois o ministro da Justiça, Flávio Dino contou a imprensa como os envolvidos agiram.
Suel, alvo da operação, já tinha sido condenado em 2021 a quatro anos de prisão por atrapalhar as investigações e cumpria a pena em regime aberto. No entanto, segundo as apurações, ele também participou do planejamento dos assassinatos.
“Tivemos uma delação, uma colaboração premiada, do senhor Élcio Queiroz – como todos os senhores sabem, há alguns anos essa investigação gira em torno desses dois personagens: Ronnie e Élcio. Nessa delação, o senhor Élcio revelou a participação de um terceiro indivíduo, que é o Maxwell, e confirmou a participação dele mesmo e do Ronnie Lessa”, afirmou Dino, em coletiva de imprensa.
Segundo Dino, o depoimento conclui esta fase da investigação “com a confirmação de tudo o que aconteceu na execução do crime”. “Então, certos aspectos, certos detalhes, sobre os quais pairavam duvidas, a partir da delação do senhor Élcio, essas duvidas foram removidas”, disse o ministro.
Élcio Vieira de Queiroz foi expulso da PM em 2015. Marielle foi executada no dia 14 de março de 2018, por volta das 21h30, dentro de seu carro, no Estácio, no Rio de Janeiro.