segunda-feira , 23 dezembro 2024
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Goiás bate novo recorde negativo na Saúde. Além de médico, governador Caiado não criou medida de agilidade no atendimento de infartos

No dia 22 de abril, Gustavo Henrique Silva, de 18 anos de idade, sentiu dores no peito e procurou atendimento em uma unidade de saúde pública em Anápolis. Isso foi em uma sexta-feira.

Ao receber o diagnóstico de ansiedade e uma receita de dipirona, o jovem foi para casa, onde permaneceu sentindo dores até segunda-feira. A esposa, Beatryz Novaes de Almeida, de 19 anos, disse na terça-feira o marido acordou melhor e parecia estar sem dores. Durante a noite sentiu uma pontada e morreu enquanto estava deitado com ela, jogando no celular. Gustavo não teve a mesma sorte que o governador de Goiás, que também sofreu um ataque no coração, porém não precisou buscar atendimento na rede pública.

No dia 14 de dezembro de 2022 Caiado sentiu que algo não estava bem e se mandou para São Paulo, onde passou por uma cirurgia de ponte de safena no hospital Vila Nova Star e foi atendido pela cardiologista e intensivista Ludhmila Hajjar, conhecida por atender políticos, empresários e artistas.

Pobres são abandonados em Goiás

Os dois casos acima mostram a divisão entre Goiás dos pobres, representado por Gustavo, e Goiás dos ricos e marajás, representados pelo próprio Caiado.

A situação é grave. Um levantamento do Instituto Nacional de Cardiologia (INC) aponta que os números infarto do miocárdio aumentaram expressivamente em Goiás, a média mensal bateu o recorde de 438%.

Os números aumentaram 6 vezes mais desde 2008. O governo Caiado, sem planejamento, não tem feito absolutamente nada, falta iniciativa e o atendimento público é um dos piores do país.

A Folha de São Paulo mostrou, neste domingo (30), que Goiás tem a maior fila de espera por cirurgias eletivas do Brasil, com 125.894 pacientes. Ao ser questionado, o secretário de Saúde, Sérgio Vencio, disse que a fila do Caiado é organizada. Cinismo puro. Melhor seria uma fila pequena e desorganizada.

A Secretaria de Saúde não criou nenhuma linha de cuidado para melhorar a qualidade e a agilidade do atendimento em situações emergenciais. Uma pena, pois o governador é médico e sabe que cada minuto é importante na hora de salvar os pacientes.

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