No dia 13 de julho a Secretaria de Saúde teve que suspender o chamamento público de 10 hospitais estaduais, que passariam a ser geridos em novos contratos com Organizações Sociais Civis (OSC). Uma manobra que daria aos institutos poder equivalente ao de Secretaria, com um gasto bem maior. É muita grana na parada.
No dia 29 de junho o deputado Gustavo Sebba (PSDB) apontou irregularidades e aberrações jurídicas no edital, pois o secretário de Caiado, Sérgio Vencio, saiu, literalmente, ‘catando’ trechos de leis para criar sua própria narrativa de regra, desrespeitando totalmente a Alego.
“Ele recortou o antigo ‘Contrato de Gestão’, onde somente as OS poderiam concorrer, e criou o ‘Termo de Colaboração’, para beneficiar as ‘cartas marcadas’ que se aninharam nas OSC”, grifou Gustavo.
Segundo uma fonte, essa foi uma ‘costureba’ para entregar um contrato milionário ao grupo Albert Einstein, com influência do novo amigo de Caiado, Gustavo Mendanha. A conferir.
Nova investida
No dia 31 de julho, na calada da noite, sem consultar ninguém, Sérgio Vencio retornou com os editais no Diário Oficial e nesta terça-feira (2) repetiu o feito no próprio site. Ao tomar essa decisão, ele atropelou o Conselho Estadual de Saúde, órgão cogestor formado por um colegiado de entidades que representam os usuários, trabalhadores, gestores e prestadores do Sistema Único de Saúde.
O Conselho não gostou e reagiu: emitiu um parecer contrário a entrada das novas Organizações Sociais Civis (OSC), com uma resolução que foi encaminhada a Secretaria. Virou bagunça.
Enquanto isso, a ‘fileira’ do Caiado, maior fila de espera por cirurgias eletivas do Brasil, só aumenta. De duas uma: Caiado interdita Vencio ou a Saúde em Goiás vai implodir.
