Por que a mesma empresa venceu duas licitações, uma anulada, de R$ 684 milhões de reais para manutenção da iluminação pública de Aparecida de Goiânia?
Em agosto de 2021, durante o mandato de Gustavo Mendanha (MDB), o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) suspendeu a licitação. Dois anos depois a mesma empresa voltou ao cenário dentro de um Consórcio ‘duvidoso’.
No dia 24 de julho o Consórcio Luz Pública de Aparecida apareceu no Diário Oficial como vencedor da mesma licitação milionária, anulada anteriormente. Porém, existe uma ponta solta nessa história: o sócio da empresa.
Brasiluz, a dona do pedaço
A Brasiluz foi a vencedora da licitação em Aparecida de Goiânia, que viu seu castelo desabar após a interferência do TCM. “Houve restrição do caráter competitivo (…) ao vedar o somatório de atestados para a comprovação de Habilitação Técnica Operacional”, diz o relatório do Tribunal.
Um dos sócios dessa empresa se chama Jorge Marques Moura, estrela nas páginas investigativas em 2015 por envolvimento no escândalo das “corujinhas” de Manaus.
E eis que a Brasiluz voltou ao jogo, agora como parte do ‘Consórcio Luz Pública de Aparecida’. Quem comanda o Consórcio? A Newtesc Tecnologia e Comércio LTDA. Quem é sócio da Newtesc em outros Consórcios? Bingo: Jorge Marques Moura, sócio administrador dessa empresa em 3 deles:
Sinalização Diadema – CNPJ: 300.621.98/0001-07
Sinaliza Cordeiropolis – CNPJ: 31.872.480/0001-04
Caminhos Seguros – CNPJ: 38.113.675/0001-10
A própria Brasiluz faz parte do Consórcio Aparecida. A ‘restrição do caráter competitivo’ continua, só que agora maquiada em CNPJs diferentes. A pessoa física beneficiada no processo anulado em 2021, continua a mesma, com partes na Newtesc (indireta) e na Brasiluz (direta).
Pergunta ao ex-prefeito Gustavo Mendanha (MDB): por que o mesmo sócio venceu as duas licitações milionárias, uma delas anulada, de iluminação pública em Aparecida de Goiânia? Salve Jorge!