Mais uma criança pode ter morrido em Trindade-GO após a aplicação de uma injeção de dipirona. O caso ocorreu em maio deste ano, mas veio à tona, após a repercussão da morte de Ayslla Helena, uma bebê de apenas 5 meses, que perdeu a vida após receber a mesma medicação em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na mesma localidade.
Carolina Souza Cares, mãe da criança de 1 ano e 5 meses que veio a óbito, registrou um boletim de ocorrência na quarta-feira (9/8), após a ampla cobertura do caso de Ayslla. A dor e a indignação de Carolina ecoam as mesmas angústias vividas por Mônica Vasconcelos, mãe da pequena Ayslla.
Segundo relato de Carolina, no dia 8 de maio deste ano, ela levou seu filho, Charles, à UPA de Trindade devido a sintomas como febre, diarreia, vômito e secreção no ouvido. Após uma espera de três horas, foi atendida por uma médica, que teria examinado o bebê rapidamente no colo da mãe. A médica concluiu que Charles estava com uma infecção de ouvido e prescreveu um medicamento urgente para ser administrado na própria UPA, seguido de analgésicos e antibióticos em casa.
Carolina questiona a rapidez com que a medicação foi administrada e a decisão de enviar o bebê para casa imediatamente após a aplicação. Ela enfatiza que não houve avaliação quanto a possíveis reações alérgicas, e acredita que os profissionais não observaram devidamente o estado de saúde de seu filho.
Cerca de três horas após o retorno para casa, Charles estava boca roxa e desacordado. Carolina o levou de volta ao hospital, mas após duas horas, recebeu a notícia de que seu bebê havia falecido.
A Secretaria de Saúde, em nota, alegou ter acompanhado o caso de Charles e afirmou que não houve erro médico. A Polícia Civil está investigando o caso.
Foto: Reprodução/TV Anhanguera