Faleceu nesta terça-feira (15), a atriz Léa Garcia, aos 90 anos, devido a um infarto agudo do miocárdio. Reconhecida como uma das primeiras atrizes negras da televisão brasileira, Léa faleceu no Rio Grande do Sul, onde estava para receber uma homenagem no Festival de Cinema de Gramado. A atriz seria agraciada com o Troféu Oscarito, juntamente com Laura Cardoso, no mesmo evento, em reconhecimento às suas contribuições artísticas.
A notícia do falecimento foi compartilhada por familiares da artista em sua conta oficial no Instagram. “É com pesar que nós familiares informamos o falecimento agora, na cidade de Gramado, no Festival de Cinema de Gramado, da nossa amada Léa Garcia”, anunciaram.
Léa Garcia estava em Gramado desde o último sábado e participou de várias atividades, inclusive registrando momentos alegres em suas redes sociais. Ela posou sorridente com o troféu Kikito, além de ter compartilhado fotos ao lado de amigos como Laura Cardoso e Emílio Orciollo Netto.
A carreira de Léa Garcia foi marcada por papéis icônicos na televisão, teatro e cinema. Nascida Léa Lucas Garcia de Aguiar, em 1933, no Rio de Janeiro, ela ingressou nos palcos aos 19 anos, após ser persuadida pelo amigo e dramaturgo Abdias do Nascimento a atuar na peça “Rapsódia Negra”, em 1952, no Teatro Experimental.
Na televisão, sua trajetória começou no Grande Teatro da TV Tupi, nos anos 1950. Ao longo dos anos, ela participou de diversas produções televisivas marcantes, como “Acorrentados”, sua primeira novela em 1969, e “Assim Na Terra Como no Céu”, na TV Globo, em 1970. Em 1972, fez história ao atuar no primeiro programa completamente colorido do Brasil, um episódio do “Caso Especial” intitulado “Meu Primeiro Baile”.
A atriz acumulou mais de 100 produções em seu currículo, com destaques como “Selva de Pedra”, “Escrava Isaura”, “Xica da Silva” e “O Clone”. Léa Garcia foi agraciada com quatro prêmios Kikito e deixou uma marca indelével no cenário artístico nacional.
Léa Garcia deixa três filhos, três netos, dois bisnetos e uma tataraneta.
