A cantora gospel Fernanda Oliver foi presa em Goiânia, na manhã desta quinta-feira (17), durante operação da Polícia Federal, que investiga os atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023. Além da cantora, o pastor Dirlei Paiz, de Blumenau (SC), também foi detido. Os dois são suspeitos de organizarem e divulgarem a “Festa da Selma”, codinome usado para a convocação de caravanas para Brasília, no início do ano, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e vandalizadas.
Ao todo, a PF cumpriu 10 mandados de prisão e 16 de busca e apreensão em cinco estados brasileiros – Goiás, Paraíba, Paraná, Santa Catarina e Bahia, além do Distrito Federal. As mandados foram determinados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Fernanda Oliver, uma das pessoas presas, é natural de Araguaçu (TO), e reside em Goiânia. A mulher passou a ser chamada de “musa das manifestações golpistas bolsonaristas” e tem mais de 130 mil seguidores na conta do Instagram.
No dia 8 de janeiro, dia das invasões às sedes dos Três Poderes, a cantora gravou uma live para mostrar a invasão ao Congresso Nacional. Fernanda também teria participado de um ato golpista em Londrina, Paraná.
De acordo com a Polícia Federal, os organizadores da chamada ‘Festa da Selma, orientavam as pessoas a não levarem crianças e idosos. Além disso, diziam para se preparar para enfrentar a Polícia, bem como usavam termos como guerra, derrubada do governo constituído e ocupação do Congresso.
Durante os atos golpistas, o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos. Diversos móveis e objetos foram vandalizados. Uma das pessoas investigadas chegou a defecar no local.
