Nesta sexta-feira, o Saola estava a 140 km a leste-sudeste de Hong Kong, com ventos de 210 km/h. O supertufão poderá contornar o território a menos de 50 km ao sul e causar uma tempestade ao redor do Porto Victoria, segundo comunicado do observatório meteorológico da cidade. “Pode haver inundações graves”, disse o documento, acrescentando que as zonas costeiras orientais poderão registar níveis de água semelhantes aos causados pelo tufão Mangkhut em 2018, quando mais de 300 pessoas ficaram feridas em Hong Kong. Na China continental, afetou mais de três milhões de pessoas nas províncias do sul, matando seis moradores.
As ruas de Hong Kong estavam desertas nesta sexta-feira, com exceção de alguns habitantes em busca de compras de última hora para o fim de semana. A Autoridade Aeroportuária de Hong Kong anunciou o cancelamento de mais de 300 voos na sexta-feira. A Bolsa de Valores anunciou o cancelamento dos “pregões matinais para todos os mercados”. Na China continental, a província de Guangdong declarou emergência de nível máximo em relação aos ventos.
Todos os transportes públicos em Shenzhen cessarão o serviço à noite, enquanto os trens de e para Guangdong serão suspensos da noite de sexta-feira até o fim da tarde de sábado (2). As autoridades de Macau, território vizinho de Hong Kong, estão considerando a possibilidade de emitir um alerta de nível T8 no sábado.
O sul da China é frequentemente atingido por tufões que se formam nos oceanos quentes a leste das Filipinas no verão e no outono, e depois se deslocam para oeste. As alterações climáticas aumentaram a intensidade das tempestades tropicais, dizem os especialistas, com mais chuvas e rajadas mais fortes levando a inundações repentinas e danos costeiros. (Com AFP)