Antes de Caiado governador, Bruno Peixoto já era político. Nunca precisou de uma agulha dele para construir sua carreira. Então, presidente, entenda de uma vez por todas: como líder da Casa de leis, o senhor agora é timoneiro de si mesmo, se ficar nessa de ‘marujo’ terá como futuro ‘batatas’ para descascar.
Antes de Caiado governador, Lissauer Vieira já existia como político. Nunca tinha precisado dele para nada em sua biografia. Os lábios sedutores do velhaco, forjado nos ‘galanteios políticos’ de Brasília [onde tem ‘malandragem reunida de todo Brasil’], fisgaram Lissauer de tal maneira, que ele passou a agir como ‘mucamo’ do governador e a Assembleia virou criadagem.
Bruno Peixoto era líder do governo e estava no seu papel, de defender os interesses do Palácio. Mas, Lissauer não. Mesmo assim, desenvolveu em seu coração algo que fugia do controle do político em si, do timoneiro da Assembleia.
Claro, primeiro foi seduzido, assim como quando o pretendente manda flores para a futura namorada, com promessas como: você será o meu candidato a vice-governador. Depois, vice-governador não, fechei com o Daniel Vilela. Você será meu candidato a senador. Depois, senador não, fechei com o Baldy e ainda tem o ‘chato’ do delegado na cola. Você será Conselheiro do TCM. Depois, Conselheiro não dá. Você será o cara que vai me ajudar a taxar o Agro.
Pergunta: onde está Lissauer agora?
Bruno Peixoto já sentiu na pele a emoção do gol. Caiado pagou todo mundo e estranhamente o dinheiro da Assembleia não caiu, estalo de chicote. Para piorar, a patrulha de ‘tietes’ do jornalismo goiano já entrou em ação e foi capaz de escolher a dedo as fragilidades da Assembleia com Bruno e esfregar em sua cara, lhe colocando uma fantasia de ‘Odorico Paraguaçu’. Esse recado tem dono.
Acorde Bruno Peixoto. Você não precisa de timoneiro. Hoje é o homem mais importante da política goiana. Você e os deputados tocam o bumbo e Caiado dança na praça. Não o contrário.
Cristiano Silva
G24H