terça-feira , 5 novembro 2024
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Sindicato de enfermeiros recusa proposta de patrões para parcelar o novo piso; trabalhadores denunciam assédio moral

O cumprimento da Lei 14.434/22, sancionada há um ano, que instituiu o piso salarial da enfermagem segue sendo motivo de impasse entre patrões, empregados e sindicatos para que os valores sejam pagos aos profissionais dos setores públicos e privados.

O Sindicato de Enfermagem do Estado de Goiás realizou nesta terça-feira, na Câmara de Goiânia, uma assembleia para apreciar a proposta do sindicato patronal de pagar o piso de forma parcelada, e retirando alguns benefícios como a taxa de ambiente fechado para os profissionais de centros cirúrgicos, trênios, adcional de pontualidade. A maioria dos enfermeiros decidiu negar todos os pontos oferecidos pelos patrões.

Esta foi mais uma proposta dos patrões avaliada e negada pela categoria. A primeira era para um parcelamento do pagamento do piso até 2027, a segunda para 2026 e esta, mais recente, para 2025. A Assembleia negou a proposta, e, segundo o presidente do Sienf-GO, Elcione Gonçalves, esta foi a última assembleia sobre o assunto, e agora resta aos patrões pagar o piso conforme a lei. “Conforme decisão do ministro Barroso, encerrou-se prazo de 60 dias, e sem acordo, cumpra-se a lei” disse Elcione.

Segundo o que foi aprovado em 2022, o piso nacional deve ser de R$ 4.750,00 para enfermeiros, R$ 3.325,00 para técnicos, e R$ 2.375,00 para auxiliares e parteiras. Atualmete um enfermeiro recebe no estado de Goiás R$ 2.371,10 por uma jornada de 30 horas.

Enfermeiros também vem relatando ao sindicato alguns casos de assédio moral e ameaça de demissões. O caso mais recente aconteceu na Unimed Goiânia, em que um dos trabalhadores vazou o aúdio em que uma das gerentes da empresa teria tentado coagir oa funcionários a aceitarem a proposta de acordo coletivo da empresa. “O não aceitar a proposta, e aqui eu não falo em tom de ameaça, mas falo com transparência e sinceridade, é uma decisão que vocês vão tomar sabendo que a Unimed em contrapartida infelizmente não vai poder manter o vínculo CLT da cooperativa de técnicos de enfermagem e enfermeiros. O que isso quer dizer? A gente vai desligar em massa todos os nossos colabores, todos os nossos técnicos de enfermagem e enfermeiros, e vamos colocar terceirizado através da cooperativa multicare” dizia a gestora. O caso está sendo investigado pelo Mnistério Público do Trabaho.

Segundo Elcione Gonçalves esses casos de intimidação vem se tornando rotineiros. ” A categoria aprendeu a lidar com isso, dizendo não a opressão e quer aquilo que lhe é direito”. completou o presidente do Sienf-GO.

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