Daisy Arruda é mãe de Danilo Arruda, 10 anos. Ele teve paralisia cerebral quando nasceu prematuramente. Após o seu nascimento, Danilo recebeu assistência médica no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer).
A paralisia cerebral (PC) é caracterizada por alterações neurológicas permanentes que afetam o desenvolvimento motor e cognitivo, envolvendo o movimento e a postura do corpo.
Graças às terapias, Danilo conseguiu superar os obstáculos impostos por sua frágil saúde e até conseguiu o que parecia mais difícil: caminhar sozinho. “O Danilo foi um milagre”, disse Daisy.
Superações e vitórias conquistadas ao longo dos anos, que agora estão diante de um ‘esfinge’, enorme obstáculo: sucateamento e descaso por parte da AGIR, Organização Social do governo Caiado, que administra a Unidade de tratamento.
Danilo é mais um entre tantos pacientes que procuraram o G24H para denunciar o que está acontecendo do lado de dentro do CRER. “Hoje eu vejo um clima pesado lá dentro. Meu filho está regredindo”, lamentou Daisy.
A AGIR recebe quase R$ 20 milhões por mês, mais verba do Sistema Único de Saúde pagas mediante notas de despesas e pacientes atendidos, e emendas parlamentares destinados ao CRER. São quase R$ 250 milhões por ano e mesmo assim, o Diretor-Geral, Válney Luiz da Rocha, reclama por aumento e joga a bomba no colo do governo Caiado.
Porém, o que esta ficando cada vez mais claro é que a AGIR está desmontando o atendimento de reabilitação, e priorizando apenas atendimentos rápidos, descartáveis, que somam números. E isto está completamente fora da razão de existência do CRER. Cabe ao Ministério Público avaliar as denúncias dos pacientes de reabilitação.
Veja mais na reportagem de André Isac, no vídeo abaixo;