terça-feira , 5 novembro 2024
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Operação da PF cumpre mandato em Anápolis após desarticular grupo que exporta ouro de garimpos clandestinos

A Polícia Federal no Tocantins deflagrou nesta quarta-feira (20/9) a ‘Operação Lupi’, dando seguimento às investigações que tem por objetivo esclarecer a atuação de organização criminosa dedicada à extração, comercialização e exportação ilegais de ouro extraído de reservas indígenas e unidades de conservação federal, bem como à lavagem do dinheiro, bens e ativos de origem ilícita.

A operação é decorrente de investigações realizadas no bojo de outras duas operações (Kukuanaland e Bullion), deflagradas em fevereiro e maio deste ano pela PF no Tocantins.

Nesta etapa, estão sendo cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva em Anápolis (GO) e Manaus (AM), todos expedidos pela Justiça Federal em Gurupi (TO).

Durante o inquérito, a Polícia Federal identificou a possível existência de grupo criminoso, cujo modo de agir passa pelas seguintes atividades ilegais: extração do minério em áreas proibidas, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e subsequentes transporte, comercialização e exportação do ouro ilegal.

A polícia investiga a hipótese de que o ouro extraído ilegalmente de reservas indígenas e unidades de conservação federal vinha sendo “esquentado”, mediante documentos ideologicamente falsos, nos quais o grupo declarava origem diversa da real, como se o metal tivesse sido extraído de área autorizada.

A partir das medidas judiciais executadas nesta nova operação, a Polícia Federal pretende identificar os principais envolvidos na exportação do ouro ilegal, demais integrantes da organização criminosa, recuperar ativos financeiros e estancar atuação do grupo.

Conforme a PF, os indiciados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, por crimes contra a ordem econômica – usurpação; pesquisa/lavra/extração de recursos minerais sem autorização/permissão/concessão ou licença; lavagem de bens, dinheiro e ativos; falsidade ideológica, receptação e organização criminosa, cujas penas somadas, podem chegar a 29 anos de reclusão.

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