No dia 21 de setembro de 2022, o governador Ronaldo Caiado (UB) autorizou a promoção, por Ato de Bravura, do Cabo Glauko Olivio de Oliveira, preso como suspeito pela morte de Fábio Escobar, ex-coordenador da campanha de 2018 do próprio Caiado em Anápolis.
No total, são 10 policiais presos, pela mesma acusação: assassinato de Fábio Escobar e mais 6 pessoas e um bebê de 7 meses no ventre da mãe.
Outro que ganhou uma bonificação do governo Caiado, foi o major Almir Tomás de Aquino Moura, que estava na reserva, e após a morte de Fábio, foi convocado para assumir um Colégio Militar. Ele também está preso e é apontado como um dos executores da chacina.
O crime
Em 2019, Fábio Escobar fez graves denúncias contra a campanha eleitoral do já empossado governo Caiado. Ele acusava o grupo de corrupção, formação de quadrilha, caixa 2 e suborno.
Em 15 de junho de 2020 as denúncias de Escobar chegaram até o diretor da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (CODEGO) e presidente do DEM de Anápolis, que acabou preso sob a acusação de corrupção.
Um ano depois, Fábio Escobar foi morto com três tiros a queima-roupa. Os assassinos tentaram montar uma narrativa de ‘tráfico de drogas’, inclusive roubaram um telefone celular de um casal, supostamente traficantes, e o usaram para atrair Fábio a emboscada final.
A dona do celular usado pelos PMs, Bruna Vitória, de 19 anos, registrou um boletim de ocorrência e reconheceu os policiais. Ela, que estava grávida de 7 meses, também foi morta em queima de arquivo.
Em seguida, eles mataram 3 amigos dela e plantaram uma arma deles na cena do crime, sugerindo briga de facções criminosas.
O namorado dela, que também reconheceu os policias fugiu, e nas buscas por ele, seis meses depois, os PMs assassinos decidiram torturar até a morte outros 3 rapazes, amigos do casal, para que contassem onde estava o namorado de Bruna, para que fosse morto.
O pai de Fábio Escobar, José Escobar, acusa o governo Caiado de ser o mandante do crime. Ele também revelou ao Goias24horas que está sendo perseguido e ameaçado.
Veja mais detalhes na reportagem de Cristiano Silva, no vídeo abaixo;