No Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER), em Goiás, as denúncias de perseguição, demissões e queda na qualidade do atendimento continuam. Um dos casos envolve Geraldo Pedro, pai de Sthefany Vitória Ribeiro, de 15 anos, que em 2021 engasgou com um pedaço de carne, resultando em 20 minutos sem respiração e uma série de sequelas.
Segundo Geraldo Pedro, as dificuldades com o CRER começaram desde o momento em que sua filha precisou ser internada para iniciar o processo de reabilitação. Ele alega que, quando finalmente conseguiram a internação, o hospital tentou dar alta a Sthefany em apenas cinco dias. Ele sempre foi um defensor dos direitos de sua filha e afirmou que, devido a suas cobranças por um atendimento adequado, acabou sendo alvo de perseguições. Como resultado, ela perdeu o atendimento psicológico, e um fisioterapeuta com 12 anos de experiência no CRER foi demitido por se recusar a dar alta a Sthefany.
Geraldo Pedro também denuncia atrasos na entrega de órteses, peças essenciais para a correção ou complementação de membros ou órgãos do corpo de pacientes. A falta dessas peças acabou provocando uma regressão no tratamento de sua filha. “AGIR, o que é muito mais barato? Fornecer uma órtese ou fazer uma cirurgia?” questinou Geraldo.
Além disso, Geraldo detalhou uma reunião realizada no CRER em 19 de setembro, na qual a direção do hospital se encontrou com o Conselho Estadual de Saúde. Na ocasião, alguns usuários, pais e mães de pacientes foram expulsos da reunião.
A AGIR, Organização Social do governo Caiado que administra o CRER recebe quase R$ 19 milhões por mês para reabilitar os pacientes. O dinheiro sai dos cofres públicos, mas os pacientes estão sendo ‘chutados’ para fora.
Perguntas: o que estão fazendo com o nosso dinheiro? O Ministério Público de Goiás conseguirá resolver esse problema?
Confira na reportagem:
