Na manhã desta quinta-feira, a CPI da Pirâmide Financeira ouviu, em uma audiência pública, David Gary Neeleman, o presidente da companhia aérea Azul. O inquérito tem a intenção de entender a contribuição das companhias aéreas para a prevenção de pirâmides financeiras.
Frente às alegações de David, o deputado Caio Viana afirmou que a intenção do inquérito não é acabar com o programa de milhas aéreas, mas sim compreender a situação e redigir projetos de lei que regularizam o setor e de forma a que os consumidores e as empresas tenham mais segurança.
Nas palavras do deputado essa atitude previne que: “um malandro, como é esse pessoal da 123milhas, chegar no mercado, utilizar um produto que diz respeito a vocês (empresa aérea) e construir uma empresa criminosa como ele construiu, danifica todo o setor”.
O presidente da Azul afirma que o regulamento do programa de pontos proíbe a sua comercialização, pois a finalidade desse benefício é fidelizar o cliente. Segundo ele, a comercialização das milhas pelos usuários as transformaria em um ativo e, portanto, seria similar a uma criptomoeda, o que não é a intenção da companhia.
A CPI já ouviu representantes do Banco Central, Ministério da Justiça, 123milhas e Latam. O diretor de Regulação do Banco Central, Otávio Damaso, afirmou que a regulação do mercado de criptomoedas no País deverá ser concluída até o 1º semestre de 2024.