Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou, por unanimidade, o recurso apresentado pela defesa de Jair Bolsonaro e manteve a inelegibilidade do ex-presidente até o ano de 2030. A votação virtual durou seis dias e terminou oficialmente na quinta-feira (28).
Bolsonaro foi condenado por abuso de poder político durante reunião com embaixadores poucos meses antes das eleições de 2022. À época, ele colocou em dúvida o sistema eleitoral brasileiro.
Para o relator do caso, o discurso de Jair Bolsonaro “procurou incutir na audiência formada por embaixadores a errada impressão de que o processo de votação é obscuro, insuscetível de gerar confiança e aparelhado para manipulações de resultado em favor de um candidato e em detrimento de outro, o que não é inócuo sequer considerando a audiência presencial, pois teve o intuito de descredibilizar perante a comunidade internacional o futuro resultado das eleições, em momento no qual as pesquisas eleitorais indicavam vantagem de um adversário”.
A defesa de Bolsonaro recorreu da decisão, alegando que houve cerceamento de defesa. A decisão, porém, foi mantida. Última alternativa de recurso é o STF.