Fábio Alves Escobar Cavalcante, de 38 anos de idade, ex-coordenador da campanha de Caiado (UB) em 2018 na cidade de Anápolis, revelou um grande esquema de corrupção dentro do governo. No dia 23 de junho de 2021 ele sofreu um atentado a tiros e morreu.
Dez policiais militares, suspeitos de comporem uma milícia que movimentou mais de R$ 11 milhões neste período, foram presos e apontados como executores do crime.
Para justificar uma falsa narrativa sobre a morte de Fábio Escobar, tentaram vincular o ex-coordenador da campanha de Caiado ao tráfico de drogas, já que o telefone usado para atraí-lo a cena do crime, foi roubado de uma mulher que namorava um suporto traficante. Porém, ela registrou um boletim de ocorrência e o namorado, que reconheceu os policiais, conseguiu escapar. No total 7 pessoas, que não tinham nada haver com a história, também foram assassinadas, entre elas uma grávida de 7 meses.
Mensagem para Caiado
O Goiás24horas teve acesso ao print de uma conversa que Fábio Escobar enviou para sua esposa, dizendo que estava sendo perseguido por seguranças do governador. Ele contou que os policiais ficaram o ‘encarando’ no velório do primeiro suplente do senador de Goiás Jorge Kajuru, Benjamin Beze Júnior.
O pai de Fábio, José Ecobar, confirmou a história e acrescentou que o filho escapou de uma emboscada, quando a polícia do governo o perseguiu e quase o encurralou em uma rua sem saída: “sorte que no final do beco tinha uma garagem e um ônibus estava saindo”.
Fábio enviou uma mensagem para o Whatsapp do próprio Ronaldo Caiado, pedindo para não morrer. Que sua vida fosse poupada para que pudesse criar seus dois filhos. Ele também suplicou ao governador que passasse a informação ao seu primo, o ‘temido’ Jorge Caiado, conhecido por ter ‘um pessoal’ na PM.
Detalhes sobre as mensagens estão na reportagem no vídeo abaixo. Veja;