O governador Ronaldo Caiado/UB sancionou a Lei Estadual nº 22.286/23 que autoriza a privatização da Companhia Celg de Participações (CelgPar). O valor, segundo a estimativa da empresa, deve girar em torno de R$ 450 milhões de reais.
Caiado vai dilapidar a usinas de São Domingos e Piracanjuba, e o que resta da estação hidrelétrica Corumbá III, em Luziânia/GO.
Dois pesos, duas medidas, duas caras
Depois da criação da taxa do agro e a volta do aumento do ICMS dos combustíveis o governador Ronaldo Caiado agora vai privatizar a CElGPAR. A venda de um patrimônio do estado coloca em contradição o discurso de que as contas do governo estão equilibradas. Uma das justificativas apresentadas é a de que os recursos servirão para cobrir o rombo da previdência estadual, embora o texto aprovado não tenha uma garantia dessa aplicação.
Outra contradição é a de que, em 2016, o então senador Ronaldo Caiado, discursava que era contrário à privatização da Celg-D, que foi foi privatizada em 2017 durante o governo de Michel Temer (MDB), que tinha a Eletrobras como maior acionista. Na ocasião, a italiana Enel efetuou a compra por R$ 2,19 bilhão. Em 2022, a empresa foi adquirida pela Equatorial Energia por R$ 1,6 bilhão.
Em outubro de 2021, Caiado negociou a Celg Transmissão (Celg T) por R$ 1,977 bilhão, em leilão arrematado pela Pequena Central Hidrelétrica, do grupo EDP Brasil. O evento foi realizado no Estado de São Paulo.
Sem dúvida: duas caras, duas medidas.