O inquérito sobre o acidente de avião que matou a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas foi concluído nesta semana. Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, o piloto e o copiloto da aeronave foram os responsáveis pela queda ocorrida em novembro de 2021.
Os investigadores trabalharam com três linhas principais, sendo falha mecânica, mal súbito e atentado. Todas elas foram eliminadas. Assim, passaram a investigar a manobra feita pela tripulação no momento do pouso no Aeroporto de Caratinga.
O laudo das investigações apontou a inexistência de falha mecânica e possível “avaliação inadequada” por parte do piloto.
Segundo as apurações, o piloto e copiloto tiveram acesso à Carta Aeronáutica Mundial e à Carta Aeronáutica de Pilotagem e deveriam ter analisado os obstáculos nas proximidades do aeroporto.
De acordo com os delegados, a tripulação não respeitou o procedimento operacional da aeronave. No momento do pouso, houve um alongamento da chamada “perna do vento” – manobra feita em paralelo à pista de pouso.
Com uma velocidade acima da considerada ideal, eles acabaram saindo da área de segurança do aeroporto e colidiram com as torres de transmissão, o que ocasionou a queda da aeronave.
Conforme os delegados, os pilotos e copiloto foram negligentes e imprudentes, o que resultou em três homicídios culposos. Como eles também morreram na queda, há a chamada “extinção de punibilidade”. Assim, a Polícia sugeriu o arquivamento do caso.