segunda-feira , 6 maio 2024
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“Vai chegar um momento que essa bolha vai explodir”, diz diretor geral da OS AGIR ao culpar governo Caiado pelo caos no CRER

Na última quarta-feira (4) a Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa realizou uma audiência pública com a presença de profissionais da saúde, pacientes do Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) e o diretor diretor-geral da Organização Social AGIR, Válney Luís da Rocha, que por sua vez recebe quase R$ 20 milhões de reais por mês para administrar o CRER.

Em pauta: descaso, assédio e perseguição por parte da AGIR contra pacientes e servidores. O presidente do Sindicato dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais de Goiás (Sin fito-GO), João Júnior, afirma que “estão promovendo demissões em massa” dentro da unidade, o que reforça a suspeita dos pacientes de que o governo decidiu chutar para fora quem precisa de tratamento demorado, ou seja, reabilitação.

O que o governo Caiado quer? Números. Quantidade de pessoas que passaram pelo CRER para consultas rápidas. E para isso precisa se desfazer das pessoas com deficiência que precisam de recuperação, pois este processo é demorado.

Ao ser questionado frente a frente, Válney Luís afirmou que a AGIR cumpre as demandas do governo, que avisou, “vai chegar um momento que essa bolha vai explodir”, mas não foi ouvido pelo atual Secretário Estadual de saúde, Sergio Vencio. Trocando em miúdos, ele jogou a bomba no colo do Caiado.

O deputado estadual Paulo Cezar Martins (PL) solicitou, no prazo de dez dias, dados da AGIR sobre as despesas com pessoal, prestadores de serviço, número de consultas, exames e cirurgias.

Ainda existe outra denúncia que precisa ser apurada: suposta falsificação de notas fiscais por parte da AGIR para receber dinheiro público do Sistema Único de Saúde. A denúncia foi feita no G24H por uma ex-servidora do CRER. Em breve voltaremos ao assunto.

Veja mais sobre o caso na reportagem de André Isac, no vídeo abaixo;