As pontas continuam soltas. Ronaldo Caiado (UB), que tem feito discurso em nome da segurança pública nacional, poderia comentar também sobre a morte de Fábio Escobar, seu ex-coordenador de campanha em Anápolis, que foi brutalmente morto no dia 23 de junho de 2021 em uma emboscada, após denunciar corrupção do governo.
Meses antes de sua morte, Fábio Escobar mandou uma mensagem para o WhatsApp de Caiado dizendo que pela primeira vez estava com medo, que queria cuidar de sua família. Depois escreveu: “diz isso para o Jorge Caiado”.
Por que o governador deveria informar ao primo que Fábio Escobar estava com medo? Uma boa pergunta merece uma boa resposta.
Tentaram ligar o ex-coordenador da campanha de Caiado, que estava fazendo denúncias contra o governo, com o tráfico de drogas. Para criar a narrativa mataram 7 pessoas, entre elas uma mulher gravida de 7 meses. Dez policiais foram acusados pelas execuções e estão presos.
Um dos policiais que participou da emboscada que matou Fábio Escobar também morreu, após a tentativa da polícia de prendê-lo. Queima de arquivo?
Em Anápolis corre a informação de boca em boca que existe outra narrativa sendo criada pelo ‘cabeça’ da milícia: a do mandante.
Antes de morrer, Fábio Escobar disse em mensagem de WhatsApp para a esposa que “Caiado tinha perdido a paciência” e que estaria apenas esperando um deslize dele. Que deslize foi esse?
Por que Fábio Escobar disse isso? O sobrenome ‘Caiado’ foi citado em duas mensagens da vítima, relatando medo do que poderia acontecer: o seu assassinato. Questão de tempo. A profecia se cumpriu.
É sobre este crime que Caiado precisa falar, já que teve seu nome envolvido.