O bairro de Campinas foi o marco inicial para criação da Capital. Localizado na zona oeste de Goiânia, já foi cidade e teve participação determinante no desenvolvimento do projeto de Pedro Ludovico Teixeira, governador da época.
Segundo o historiador Givaldo Corcínio “até meados de 1933, Campinas era um município com mais de 120 anos de história e grande extensão de terras bem estruturada para época e que Pedro Ludovico procurava um lugar onde não existisse confrontos políticos com os Caiado, influentes em na cidade de Goiás”.
Ao ser escolhida como o local que abrigaria a nova capital de Goiás, Campinas, a nossa Campininha das Flores, abriu mão de sua autonomia de sede municipal.
Naqueles anos, não houve um movimento político que se posicionasse contra as mudanças, pontua Givaldo Corcino: “existia uma resistência por parte da população, mas a elite da época, se posicionou completamente favorável, pois vislumbrava crescimento, ampliação comercial e geração de empregos”. Ele acrescentou ainda a necessidade de contextualizar, que “tudo ocorreu durante a Ditadura de Vargas e qualquer manifestação contrária ao projeto de construção de Goiânia, não seria facilitada naquele período”.
Com o tempo, Campinas cresceu muito. A variedade predominante no comércio atacadista e varejista, hoje, é bastante expressiva do ponto de vista financeiro. Atualmente o bairro é responsável por mais de 70 por cento do PIB de Goiânia.
Para consolo de muitos moradores, que guardam saudades dos tempos antigos, ainda existem monumentos antigos e bem conservados. Como por exemplo: o estádio do Antônio Aciolly do Atlético Clube Goianiense, o Centro Cultural Gustav Ritter , a biblioteca Cora Coralina, a Matriz de Campinas e muitas casas e casarios antigos que conservam sua arquitetura original. Muitos outros prédios e praças, como a Joaquim Lúcio, deixam vestígios de um tempo que não volta mais. Que o diga os moradores mais antigos, que não ‘arredam pé’ do bairro.
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