O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) recentemente apresentou denúncia contra 15 pessoas, no âmbito da Operação Ethon, deflagrada em agosto de 2021, na qual os envolvidos responderão a diversos crimes contra o patrimônio público e inépcia no atendimento à vida de pessoas que contraíram COVID-19, e foram destinadas para atendimento no Hospital de Santa Maria/DF.
São 344 mortes em um período de três meses (junho, julho e agosto de 2020), cuja apuração do MPDFT aponta a falta de insumos e recursos humanos (e gerenciais) como a principal causa de mais de 86% de letalidade, enquanto um contrato milionário era executado com as empresas Domed e OATI, de serviços supostamente especializados em terapia intensiva.
Entre os réus estão alguns personagens bastantes conhecidos da medicina goiana: Rodrigo Teixeira de Aquino, presidente do Grupo Américas Health (figura carimbada na OS de Itumbiara), e Fernando Machado de Araújo.
Fernando foi apontado como proprietário do Centro Médico Garavelo, reaberto e logo contratado pelo IPASGO e o Sistema Único de Saúde, em caráter emergencial (sem licitação) também para prestar atendimento durante a pandemia. Sabe-se lá como foi o serviço prestado em seu hospital, que fica em Aparecida de Goiânia/GO. A Operação Ethon bateu na porta de quem em 2021? Bingo: Centro Médico Garavelo.
Rodrigo e Fernando são aliados e parceiros comerciais de longa data de Mauricio Prudente no Hospital Encore (KORA). Prudente é coordenador de serviços da Organização Social AGIR, poderosa no Governo Caiado. Os dois foram desmascarados: Rodrigo como sócio oculto da Domed e Fernando na OATI.
Tem mais caroço nesse mingau: o G24h recebeu informação de que Rodrigo Aquino tem, junto com um tio, uma rede de empresas que são terceirizadas para atendimentos de vários hospitais públicos em Goiás, claro, sobre a administração das Organizações Sociais do Governo Caiado. Tudo com grana do SUS. Em breve voltaremos ao assunto.