sábado , 4 maio 2024
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“Após revelações do caso Fábio Escobar, o gabinete do ódio de Caiado me grampeou ilegalmente”, diz jornalista

No final da última semana a Agência Pública revelou que o governo Caiado adquiriu um programa israelense de espionagem da Cognyte, por R$ 15 milhões, em 2020. O mesmo que caiu na Operação Última Milha, desencadeada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (20).

Desde então o gabinete do ódio do governador tem cometido absurdos com grampos e rastreamentos ilegais. Os alvos são adversários políticos e jornalistas.

O editor do Goiás24horas, jornalista Cristiano Silva, afirma que voltou a ser grampeado e monitorado pelo gabinete do ódio do governo Caiado após revelações feitas no site sobre o assassinato do ex-coordenador de campanha de Caiado em Anápolis, Fábio Escobar, morto em uma emboscada por milicianos após revelar corrupção no governo.

“Existe um temor muito grande no Palácio neste caso, especialmente se a justiça chegar ao verdadeiro mandante. Quem mandou matar Fábio Escobar tem poder e dinheiro, isto está claro nos fatos: sete pessoas, entre elas uma mulher grávida, foram mortas só para construir uma narrativa de “Fábio traficante” que não colou. Depois vem a prisão de 10 policiais milicianos. Agora o Colegiado de juízes para julgar os executores. Tudo isso mostra o poder e o potencial de maldade dos mandantes”, disse Cristiano Silva.

O inquérito sobre este caso está em segredo de justiça. O governador permanece em silêncio sepulcral, pois seu nome está envolvido. Meses antes de ser assassinado, Escobar enviou um WhatsApp para Caiado dizendo que estava com medo, pedindo para não morrer, afirmando que queria cuidar dos dois filhos e que ele comunicasse isso ao seu primo, Jorge Caiado.

“Caiado implantou o regime do Talibã em Goiás. Por exemplo: Quando fizemos a revelação dessa mensagem de Fábio para Caiado e de outra para sua esposa, dizendo que estava sendo perseguido e que Caiado já tinha perdido a paciência com ele e suas denúncias, os meus telefones começaram a dar os sinais de grampo ilegal, clandestino: consumo de internet aumentaram e os aparelhos esquentavam muito. Levei a um amigo da Polícia Federal e ele me recomendou que trocasse de aparelhos e números. Isso agora, há poucos dias. Volto a avisar: se alguma coisa acontecer comigo ou com minha família, Caiado e seus capangas serão os responsáveis”, finalizou Cristiano Silva.

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