Nesta segunda-feira (23), a zona oeste do Rio de Janeiro foi palco de uma onda de violência, com pelo menos 35 ônibus incendiados, após uma operação policial que resultou na morte do vice-líder de um grupo miliciano da região. Até o momento, não foram confirmadas vítimas fatais ou feridos em decorrência dos ataques.
A Polícia Civil informou que os ataques foram realizados por milicianos em retaliação à morte de Matheus da Silva Resende, conhecido como Teteu ou Faustão, que atuava como vice-líder da quadrilha. Ele perdeu a vida durante um confronto com policiais civis em uma favela de Santa Cruz, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro. Resende era sobrinho de Luis Antônio da Silva Braga, mais conhecido como Zinho, líder do principal grupo miliciano atuante na cidade desde 2021.
Os ataques provocaram uma série de medidas. A Prefeitura do Rio anunciou a suspensão das aulas nas escolas da rede municipal de ensino. O município também foi colocado em estado de atenção, conforme informado pelo Centro de Operações da Prefeitura.
A Polícia Militar conseguiu impedir um grupo de cerca de 15 criminosos de incendiar um caminhão de carga na Avenida Brasil, uma das principais vias de entrada e saída da cidade. A ação dos milicianos ocorre em um momento delicado para a segurança pública no Rio de Janeiro, com a presença da Força Nacional de Segurança Pública, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, todas deslocadas para auxiliar as forças locais diante do aumento da criminalidade.
De acordo com o governo estadual, a possibilidade de utilização das Forças Armadas no enfrentamento ao crime no Rio de Janeiro também está sendo discutida com o Ministério da Justiça.