terça-feira , 5 novembro 2024
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A Pública mostra “segredos e mentiras” do governo Caiado e o equipamento israelense de espionagem

A reportagem da Agência Pública, divulgada nesta terça-feira (31), põe na mesa o ‘cinismo’ do governo Caiado ao espalhar desinformação sobre contratos milionários com empresa de espionagem israelense Cognyte.

O mesmo grupo é investigado pela Polícia Federal (PF) por ter sido usado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para supostamente monitorar críticos ou opositores de Jair Bolsonaro (PL).

Em Goiás a história não é diferente. José Escobar, pai do ex-coordenador da campanha de Caiado em Anápolis em 2018, Fábio Escobar, acredita que o filho foi rastreado e grampeado pelo gabinete do ódio de Caiado, antes de ser morto em uma emboscada em 2021. A família acredita que este foi um crime político, pois Fábio incomodou Caiado com denúncias de corrupção no governo.

Caiado torrou R$ 7,6 milhões para contratar 10 mil acessos do programa espião First Mile, que permite acompanhar a movimentação em tempo real de uma pessoa que esteja usando um telefone celular. A vigilância em massa contra opositores políticos por meio dessa mesma ferramenta foi detectada em países como Mianmar e Sudão do Sul.

Diante de uma suspeita tão séria, o que fez Caiado? No dia 3 de outubro, ou seja, após o pedido da Pública, o delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, André Gustavo Corteza Ganga, classificou as informações solicitadas pela reportagem como “reservadas” e decretou sigilo por 5 anos.

A Pública denuncia, que o governo tem trabalhado com a desinformação. Liberou apenas alguns documentos escolhidos a dedo como o contrato, o aditivo e as notas fiscais, disponibilizados no Portal da Transparência e escondeu absolutamente todas as outras informações.

Afinal de contas, o que tem Caiado a temer? Seriam as revelações de grampos e rastreamentos em telefones de políticos de oposição e jornalistas? Ou seria algo mais sério, como o rastreamento do telefone de Fábio Escobar?

Será que o Ministério Público de Goiás será capaz de responder essas perguntas, defendendo a lei de transparência e acesso a informação?

O monstro está escondido debaixo do tapete, cresce a cada dia, e quando o tapete ficar pequeno, vai mostrar ‘as vergonhas’ de todos.

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