Caiado tenta aparecer em cima de uma crítica feita pelo desembargador Adriano Roberto Linhares aos assassinos de plantão que estão manchando o nome da honrada polícia militar de Goiás. Não poderia ser diferente. Um oportunista age sorrateiramente, na espreita, sempre pronto para tentar tirar vantagem.
Para bom entendedor, um pingo é letra. Vamos a fala do desembargador: “Uma reflexão pessoal: para mim, tem que acabar a Polícia Militar e instituir uma forma diferente de atuar na investigação e repressão ao crime […]. Vemos nos jornais a grande quantidade de confrontos com a PM em que nenhum policial leva um tiro e morrem quatro, cinco, seis civis.”
Onde está a mentira? Onde está a calúnia? Onde está a difamação?
Não podemos generalizar. Vejo a fala do desembargador em tom de desabafo. E é louvável porque finalmente alguém da Justiça teve coragem de falar. A Polícia Militar de Goiás é honrada e coloca sua vida em risco para proteger o nosso povo. Porém, existem agentes que, com o incentivo de Caiado, estão manchando suas fardas de sangue e promovendo ‘justiçamento’. Aí está o problema. E isso preciso ser discutido sim. Os quarteis estão abarrotados de policiais presos, que caíram na conversa desse falastrão e, abandonados, pagam sozinhos pelos assassinatos em operações da PM.
O caso Fábio Escobar, ex-coordenador da campanha eleitoral de Caiado, morto em uma emboscada em Anápolis, após romper com o governo e denunciar corrupção é o maior exemplo do que estamos falando. Dez policiais, da “polícia de Caiado”, estão presos. Esses sim, matam para agradar o chefe.
Caiado deveria ter a mesma disposição que teve para atacar o desembargador Adriano Roberto Linhares, para explicar porque Fábio Escobar enviou uma. mensagem para o celular dele pedindo para continuar vivo, meses antes de morrer.
Cristiano Silva
Editor