“A polícia tem que matar mais”, essas foram as palavras do senhor Edson Melo, em um debate na TV Brasil Central durante a campanha eleitoral do ano passado.
Edson é o homem que tentou se eleger a deputado federal carregando o cadáver de Lázaro Barbosa nas costas. Escreveu até um livro besteirol, e digo como escritor, que manchou de sangue a nossa gloriosa literatura goiana.
Ali no debate não falava o tenente coronel, (esse com letras minúsculas mesmo), pois em campanha eleitoral ele não poderia usar a farda. Ali estava o “capanga” chefe do governo Caiado. O homem que no futuro terá muito o que dizer. Aguardem.
Mas não é só a literatura que está suja. Goiás fede sangue podre. Carniceiros estão tentando transformar a nossa gloriosa Polícia Militar em tribunal de justiçamento.
Basta ver caso a caso dos “confrontos/execuções”, dos laudos periciais de como os tiros queimaram nos mortos para descobrir histórias parecidas com as descritas pelo jornalista e escritor Caco Barcellos em seu livro ‘Rota 66’, só que em escala assustadora. E tudo com o incentivo político e irresponsável de Caiado.
A fala do desembargador Adriano Roberto Linhares foi direcionada para essa parcela que atua dentro da PM, mas não a representa em sua totalidade.
Tirando a fatia de agentes sujos, a Polícia Militar é composta de trabalhadores que amam suas fardas, sofridos, humilhados pelo chefe, sem condições de trabalho, pois em muitos casos no interior falta efetivo e eles são obrigados a trabalhar mais do que deveriam.
Caiado cometeu um crime ao usar o seu cargo para fazer críticas politiqueiras ao desembargador Adriano Roberto Linhares. Isso coloca o magistrado na linha de frente da milícia que mancha a nossa PM-GO. Existe Joio no meio do Trigo. Os ‘caras do mal’ podem atacar a qualquer momento e isso é muito sério.
O Tribunal de Justiça de Goiás deve agir rápido e cobrar uma retratação do governador. Não podemos admitir que essa tirania desenfreada continue matando.
Cristiano Silva
Editor