terça-feira , 5 novembro 2024
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Deputado Mauro Rubem publica nota à imprensa sobre a guerra entre Israel e o Hamas

Posicionamento político do deputado Mauro Rubem (PT) em relação ao conflito entre Israel e Hamas

Eu, deputado Mauro Rubem, líder da bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), em meu 4º mandato como deputado estadual, venho a público para esclarecer a população sobre meus posicionamentos em relação ao conflito entre Israel e Hamas.

Em primeiro lugar, sou defensor de direitos humanos, atento aos preceitos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e das legislações que rezam sobre a dignidade de toda pessoa humana, em qualquer lugar do planeta. Todos merecem respeito, dignidade e paz.

Em segundo lugar, sou contra o que o Hamas fez em Israel com as famílias de civis inocentes. Igualmente, sou contra o que o Estado de Israel faz em Gaza, matando famílias de civis inocentes. Defendo direitos humanos e igualdade para ambos os povos.

Compreendido isso, ressalto que qualquer tentativa de vincular meu nome, Mauro Rubem, ao de “apoiador de terroristas”, ou de “antissemita”, ou de “racista”, constitui-se em crime para tentar ofender a minha honra e desqualificar o meu trabalho e a minha pessoa. Sobre isso, tomarei as providências jurídicas cabíveis. Outrossim, é também, uma fake news com fins politiqueiros e antidemocráticos utilizada pela extrema direita e, mentiras devem ser combatidas pelo jornalismo profissional, no qual devoto todo respeito e admiração.

Na última segunda-feira, dia 30 de outubro, estive em um ato pelo fim do conflito entre Israel e Hamas e em solidariedade ao povo palestino, ocorrido no final da tarde, na Praça Universitária em Goiânia, promovido por lideranças religiosas, entidades e pessoas que têm familiares na Faixa de Gaza. Estive nesse ato e irei em quantos atos forem feitos em nome da paz e do fim da guerra.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) fez um novo e dramático apelo de cessar fogo, nessa terça, 31 de outubro, por meio de seu porta voz, James Elder, “Gaza se tornou um cemitério de milhares de crianças e um inferno para todos”. Dados disponíveis apontam mais de 3.500 crianças mortas e mais de 8 mil feridas em Gaza.

Tenho o maior respeito pelo povo de Israel e pelos judeus que trabalham, professam sua fé e pregam o respeito aos demais povos de qualquer lugar do planeta. Assim, também o faço pelos povos da Palestina, Gaza, Cisjordânia e região, igualmente, sem distinções.

Porém, os números da guerra, os relatos da imprensa internacional e as informações da própria ONU demonstram que o governo ultrarradical de direita que comanda o Estado de Israel ultrapassou e transgrediu de forma criminosa o legítimo direito de defesa de qualquer povo que seja atacado e promove um verdadeiro leque de crimes de guerra do qual não posso me calar.

É de conhecimento público e notório que o Brasil propôs no Conselho de Segurança da ONU, há menos de 1 mês, a suspensão da guerra e o estabelecimento das negociações para resolver o conflito, com a criação de um corredor humanitário para socorrer os feridos que padecem em Gaza, sem água, energia elétrica, comida e remédios para aliviar a dor. Porém, o único país que votou contra a proposta do Brasil foram os EUA, votaram de tal forma que a guerra prossegue e com ela o genocídio que acontece em Gaza.

Por fim, sobre o protesto ocorrido na Praça Universitária em prol da paz e fim da mortandade da população de Gaza, está bem claro, que, enquanto os EUA votarem pela continuidade da guerra, que tem como consequência a continuidade da matança de crianças inocentes pelo exército do Estado de Israel eles devem ser responsabilizados por cada óbito que já poderia ter cessado.

Especificamente, sobre queimar bandeiras dos EUA e de Israel, eu, Mauro Rubem, buscador do diálogo e da paz, não o faria. Não queimaria nenhuma bandeira porque isso, do meu ponto de vista, poderia acirrar ainda mais os ânimos. Mas, que fique bem claro, jamais irei julgar as pessoas que o fizeram em protesto contra as mortes de seus familiares e filhos, que morrem todos os dias com bombas explodindo seus corpos dentro de suas próprias casas ou de fome, ou de sede porque o socorro internacional está sendo impedido de entrar na Faixa de Gaza pela desumanidade de quem controla a circulação no local. Digo mais, é preferível que queimem bandeiras em protestos do que seres humanos, inclusive, crianças inocentes com tiros e bombas reais.

Tudo isso é uma insanidade! Estou com o Brasil e com o que disse a diplomacia brasileira e o presidente Lula, parem a guerra imediatamente, comecem a negociar a paz!
(Fonte: Gabinete Dep. Mauro Rubem)

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