A pintura “Alexandre, o Grande, se recusa a tomar água”, de Cades De Giuseppe, é uma obra impressionante que retrata um momento histórico icônico.
O ‘grande’ comandante estava com sede em um local ermo e sem água, quando um de seus comandados mandou que providenciassem água a ele. Ao ver a situação, Alexandre recusou, pois queria garantir que a água estivesse disponível para um soldado ferido.
Caiado não estudou sobre as conquistas de Alexandre, o Grande. Na cabeça dele é indiferente se a Data-base está sendo paga corretamente ou não, pois essas ‘migalhas’ nunca lhe fizeram falta.
Foi criado vendo pai e avô comandarem ‘capangas’ e ‘jagunços’, pagando a estes muito mal. Por isso mesmo nunca deu aumento de salário para a Polícia Militar. O último foi dado por Marconi Perillo quando era governador.
Quero me dirigir aos policiais militares de Goiás. Respondam: qual o lastro histórico do deputado ou senador Ronaldo Caiado com a PM? Quantas emendas enviou como parlamentar para melhoria das condições de trabalho das tropas goianas? Nada.
É diferente, por exemplo, da luta do deputado estadual Major Araújo (PL) que, mesmo sendo representante legal da PM, se um dia for governador jamais chamará a Polícia Militar de ‘sua’, pois ‘seus’ companheiros de trabalho não são para ele como objetos de posse.
Alguém aí conhece a expressão ‘mulher de malandro’? Cabra safado vive dizendo que ama, mas não coloca comida na mesa. Chega em casa e bate na mulher. E ela, usada mais do que tudo, vive na ilusão de que é amada, respeitada e valorizada.
Malandragem é usar a Polícia Militar desse jeito, politicamente, sem valorizar e ainda repetir ‘minha’, feito mulher de malandro.
Nem sempre os ‘confrontos’ dão certo. O quartel nunca esteve tão cheio de policiais presos. Perguntem a eles o que o politiqueiro do Caiado fez para ajudá-los? Estão abandonados a própria sorte, dependendo de ‘vaquinhas’ em grupos da PM para pagarem advogados.
O que tem que acabar, e urgentemente, é o uso da imagem da Polícia Militar em palanques políticos. É preciso valorizar a categoria e tratá-la como patrimônio do povo goiano, não jagunços do ‘coroné’ Caiado.
Cristiano Silva
Editor