Manifesta-se nesse editorial a preocupação com a democracia e os perigos que assombram a liberdade e a manifestação do pensamento.
Após a provocação do Governador Ronaldo Caiado, o desembargador Adriano Roberto Linhares Camargo foi afastado do cargo pelo fato de fundamentar no seu voto, enquanto no exercício do sacerdócio de julgar, críticas em relação à forma que algumas pessoas específicas que integram a Polícia Militar agem em desacordo com a lei.
Para alguns, houve excesso na fala do magistrado. Para outros, foi um ato de coragem, um grito, uma convocação dos operadores do direito e da sociedade para reflexão e percepção profunda da realidade.
Podem até calar a voz e o grito do homem, mas a independência do poder judiciário e de seus valiosos membros foi constrangida como nunca antes em Goiás.
Quando se toma a voz de um magistrado, quem é calado é o povo.
Cristiano Silva
Editor