Do alto de seu parentesco com o governador Ronaldo Caiado, Jorge Caiado deu indicativos de sua participação no planejamento da emboscada que matou o ex-coordenador da campanha eleitoral de Caiado em Anápolis, Fábio Escobar, morto por denunciar corrupção no governo.
Em entrevista ao jornal O Popular neste sábado (18) ele assumiu que esteve com o suspeito de ser o mandante, Carlos Cesar Toledo, o Cacai, na Rotam para falar sobre o problema com o ex-comandante, Coronel Benito Franco, que por sua vez contou em depoimento sobre o objetivo da dupla: “perseguir Fábio Escobar”, depois Cacai teria dito que “só matando” resolveria o problema.
Uma pergunta fica no ar: quem é Jorge Caiado para advogar administrativamente, e criminosamente, a favor de uma das partes, no caso Cacai Toledo? Porque envolver a PM neste cenário é um crime.
Ser primo de Caiado não lhe dá o direito de se meter na polícia goiana. Ele pode ser ruim do jeito que quiser, mas não tem credencial especial para este comportamento.
Estamos perplexos diante da tentativa e do uso abusado das nossas polícias em ações de pistolagem.
Jorge Caiado diz que como ex-policial federal prendeu traficantes, como se isso fosse diferente do que faz a PF todos os dias. Não fez mais do que sua obrigação, pois recebeu para trabalhar e este é seu ofício. Não existe nada no mundo que o credencie para atuar à margem da polícia, com tráfico de influência, para prejudicar uma das partes em qualquer que seja a questão.
Jorge Caiado disse que é ruim para os inimigos. E Fábio Escobar, era seu amigo ou inimigo?