terça-feira , 5 novembro 2024
Notícias

“Senhor Jorge Caiado, só quero arrancar o cadáver do meu filho das mãos de políticos canalhas e entregar para a justiça julgar”, diz pai de Fábio Escobar

O primo de Caiado, Jorge Caiado, temido por ‘valentia’ quando está acompanhado de agentes da polícia, que fazem parte do ‘seu’ convívio, deixou digitais ao fazer advocacia administrativa dentro da Secretaria de Segurança Pública de Goiás para favorecer o ex-presidente do DEM de Anápolis Carlos César Savastano Toledo, conhecido como Cacai Toledo, em seu projeto de uso da Polícia Militar para um ‘justiçamento’ contra Fábio Escobar, morto por agentes da PM em uma emboscada em 2021 por fazer criticas ao governo Caiado.

Jorge Caiado aparece no depoimento do ex-comandante da Rotam, Coronel Benito Franco, que informou ter sido procurado pela dupla para tratar do assunto ‘Fábio Escobar’.

Em uma entrevista neste sábado (18) ao jornal O Popular, Jorge Caiado acusou José Escobar de “fazer política” com a morte do filho. “É um negócio político. O pai está usando de política, querendo enlamear o nome de todo mundo”, disse.

José Escobar, pai enlutado, nos enviou a seguinte declaração sobre o comentário de Jorge Caiado:

“Senhor Jorge Caiado, por favor, coloque-se no meu lugar. E se fosse sua filha? Se fosse você o pai enlutado? Estaria tentando buscar por justiça? Não sou mais político. Estou velho e doente. Vi a mãe do Fábio morrer de desgosto após a morte de nosso filho. Meu neto, portador de um transtorno do espectro autista, só falava a palavra ‘papai’, hoje não diz nada. Vive em profundo tristeza, sente a falta do pai. A minha netinha não vai saber o que é ter um pai. Isso porque agentes da polícia militar, milicianos, decidiram matar meu filho. Eles não fizeram isso por conta própria. Este é um crime político. Cometido com a participação do senhor e do senhor Carlos Toledo, usando a máquina estadual e com a permissão do senhor Ronaldo Caiado. Perdi um filho. Perdi a força. Não tenho paz. Respeite o meu direito de arrancar o cadáver do meu filho das mãos de políticos canalhas e entregar para a justiça”. – José Escobar.

Artigos relacionados