Bruna Vitória Rabelo Tavares tinha 19 anos de idade, estava grávida de 7 meses e carregava uma história de desgraças e tragédias em sua vida. Vítima de violência doméstica, aos 12 anos de idade foi estuprada, depois conheceu o namorado, com quem teria um filho.
Bruna e seu bebê foram vítimas da chacina política de 2021, executada por agentes da polícia militar contratados para matar Fábio Escobar, ex-coordenador da campanha eleitoral de Caiado, que passou a denunciar corrupção no governo. O suposto mandante, ex-presidente do DEM (atual União Brasil) de Anápolis Carlos César Savastano (Cacai) Toledo está foragido.
Entenda o caso
Quando o Caiado assumiu o governo, Fábio denunciou um esquema de corrupção envolvendo Cacai Toledo, ex-diretor da CODEGO. Desde então, segundo a família, ele ficou marcado para morrer. Começa aí a história da morte da grávida.
Bruna Vitória Tavares, de 19 anos, teve o celular roubado, por policiais envolvidos na morte de Fábio, enquanto estava em um motel com o namorado. O telefone dela foi usado para atraí-lo a emboscada, onde foi morto. O policial que invadiu a suíte torturou o namorado de Bruna, que tinha envolvimento com o tráfico de drogas. Depois ela reconheceu o agressor e por isso foi morta.
Para encobrir a morte de Bruna, 6 policiais entraram em ‘confronto’ com 3 rapazes, apontados como traficantes. Eles foram mortos, uma arma foi desviada e plantada na cena do crime dela, para simular confronto de traficantes.
Faltava pegar o namorado de Bruna, que também reconheceu os policiais assassinos. Depois 3 rapazes, amigos do casal, foram torturados até a morte para contarem onde ele estava.
Tudo isso teria acontecido para tentar criar um vínculo de Fábio Escobar com o tráfico de drogas, já que usaram o telefone de Bruna para atraí-lo ao local onde ele compraria máquinas de uma lavanderia.
O suposta mandante, Carlos César Savastano (Cacai) Toledo, teria contado com a ajuda de um primo de Caiado para conversar com policiais e encomendar o crime, que terminou em chacina. Cacai é procurado e está foragido. Ronaldo Caiado, que o tem como afilhado, não diz nada. Um crime bárbaro com digitais do governo.