terça-feira , 5 novembro 2024
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Caso Escobar: Cacai Toledo, um protegido do rei, doa a quem doer?

Existe uma diferença entre estar foragido e ser protegido.

Foragido é aquele que vive escondido ou clandestino em outro país ou outra cidade, por ser procurado pela justiça no seu lugar de origem ou para escapar de alguma perseguição.

Protegido
é o sujeito que recebe algum tipo de benefício ou favorecimento em relação a outrem; aquele que é predileto ou favorito de alguém.

Lázaro Barbosa foi um foragido. Embrenhou-se na mata. Comeu fruto do mato, passou fome, frio e adversidades, tinha mais de duzentos policiais no seu encalço e sua única certeza era da própria cabeça a prêmio e que a caçada terminaria mais cedo ou mais tarde. Provavelmente também sabia que o preço de seus pecados seria a sua própria vida. E assim se deu.

Lázaro Barbosa era suspeito pela morte de 4 pessoas. Um crime horrível e cruel. O justiçamento foi feito na bala. Não teve direito a júri, defesa, coisa e tal.

Cacai Toledo é suspeito de arquitetar a morte de Fábio Escobar, o que terminou na maior chacina política de Goiás, pois outras 7 pessoas foram mortas, entre elas uma mulher grávida de 7 meses. Crime brutal e terrível. Distante de qualquer possibilidade de justiçamento, confortavelmente, torrando uma nota preta com advogados, ele espera por júri, defesa, brechas, coisa e tal.

Carlos César Savastano [Cacai] Toledo, está bem acomodado, com comida boa, bebidas caras, banho quente e luxo. Não precisa se preocupar com a polícia no seu encalço, pois a procura é mínima. Do alto de sua relação com o governador Ronaldo Caiado, manda cartas e recados ao judiciário explicando que não está disposto a cumprir sua prisão preventiva. Cacai tem certeza que o preço de seus pecados será, em questão de tempo, um belo habeas corpus.

Pergunta: e se Lázaro Barbosa fosse presidente do partido político de Caiado em uma importante cidade de Goiás, se fosse como um filho do governador, se pudesse entrar e sair do Palácio quando quisesse, se o pai de Lázaro Barbosa tivesse sido financiador das campanhas eleitorais de Caiado… Será que Lázaro Barbosa teria tomado tanto tiro na cara como tomou?

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