Com a prisão preventiva decretada, o ex-presidente do partido de Caiado em Anápolis, Carlos César Savastano [Cacai] Toledo continua protegido em algum local do país, longe da cela que o espera.
O Ministério Público ofereceu denúncia contra ele e mais três policiais envolvidos na maior chacina política de Goiás nos últimos anos. Seis PMs estão presos. Cacai, tido como filho do governador fugiu e mandou dizer a polícia e ao judiciário que não se entrega “por medo de morrer na cadeia”. Não existe esforço digno do nome por parte da polícia de Caiado para encontrar o suspeito.
O crime
Fábio Alves Escobar Cavalcante, de 38 anos de idade, ex-coordenador da campanha de Caiado (UB) em 2018 na cidade de Anápolis, revelou um grande esquema de corrupção dentro do governo. No dia 23 de junho de 2021 ele sofreu um atentado a tiros e morreu.
Dez policiais militares, suspeitos de comporem uma milícia que movimentou mais de R$ 11 milhões neste período, foram presos e apontados como executores do crime.
Para justificar uma falsa narrativa sobre a morte de Fábio Escobar, tentaram vincular o ex-coordenador da campanha de Caiado ao tráfico de drogas, já que o telefone usado para atraí-lo a cena do crime, foi roubado de uma mulher que namorava um suporto traficante. Porém, ela registrou um boletim de ocorrência e o namorado, que reconheceu os policiais, conseguiu escapar. No total 7 pessoas, que não tinham nada haver com a história, também foram assassinadas, entre elas uma grávida de 7 meses.
O Goiás24horas teve acesso ao print de uma conversa que Fábio Escobar enviou para sua esposa, dizendo que estava sendo perseguido por seguranças do governador.
Fábio enviou uma mensagem para o Whatsapp do próprio Ronaldo Caiado, pedindo para não morrer. Que sua vida fosse poupada para que pudesse criar seus dois filhos. Ele também suplicou ao governador que passasse a informação ao seu primo, o ‘temido’ Jorge Caiado, conhecido por ter ‘um pessoal’ na PM.